sábado, 29 de novembro de 2008

SEGÓVIA

Com aqueoduto romano do século I, de 28 m de altura e quase 15 km de extensão, inúmeras igrejas e diversos palácios medievais, cuja representação mais digna é o Alcázar, Segóvia faz todo aquele que tenta se aventurar entre seu emaranhado de construções, se render à beleza e às recordações intactas de outrora.

Foi preciso se jogar por aquelas ruas sem se preocupar com o horário do trem que
regressaria ao final do dia à Madrid.

Toda a caminhada inicial culminou com a chegada ao Alcázar. Castelo de 1120, erguido sobre um penhasco rochoso, que se impõe logo que avistado de longe. Dono de uma torre de mais de 150 degraus de 40 centímetros de altura, que me fez quase infartar após a subida.

Escada em caracol, corredor apertado, sem paradas pra descanso. Degrau por degrau até a torre.

Antes de continuar, agora, para não magoar muito o meu porte atlético (ele é muito sentimental), preciso dizer que todo mundo quase infarta quando sobe a torre.

Bom, você já deve ter percebido que como bom gordinho escrevi isso para tentar levantar meu ego. Mas o fato é que fiquei aliviado ao parar para olhar todos os valentes e corajosos turistas que se arriscaram e conseguiram terminar o percurso escaleras acima. Ufa!

Não teve um que não chegou bufando. Uns sentando, outros encostando pelos cantos, mas todos, todos, buscando reencontrar o fôlego perdido!

Isso foi bom. Muito bom, diga-se de passagem! Mas não me entendam mal. Não falo pela desgraça dos outros, claro que não, mas para perceber que não só eu e meu pai estamos "um pouqinho acima do peso".

Deixando esse papo de gordo de lado, agora é hora de dizer que depois de sobreviver a uma eminente parada cardíaca, a vista que a torre proporciona de toda a cidade é algo pra lá de compensador.

Depois de fotos e mais fotos, lá fomos nós, agora escaleras abaixo. E, para relembrar a subida, sem direito a paradas pra descanso. Quase seis da tarde e ainda o fluxo de turismo torre acima e torre abaixo ainda era constante.

Nós, rumo a uma cafeteria para buscar algo que esquentasse e ajudasse relaxar o esqueleto. Depois do café por mim tomado e do caldo que meu pai escolhera pra ele, lá iamos, mochila nas costas, agora para pegar o trem que em breve regressaria a Madrid.

Muito bom! Nem vou falar que quero voltar porque você já deve estar sabendo.

Mais fotos, todas elas não, mas muitas, dá pra encontrar nesse link.

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