escrevendo o que às vezes não sai falado... "Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir". (Fernando Pessoa)
quarta-feira, 4 de abril de 2012
dúvidas gigantes
Alguma vez você já sentiu vontade de rasgar seu diploma? Hoje senti. Não um, mas três deles. Doutorado pra que se as questões mais fundamentais, relacionadas com as pessoas que mais amo, não são resolvidas conforme dita a teoria. Fórmulas, poesias, artigos. De nada me serviram. O homem é uma incógnita desde quando nasce. Seus medos, suas dúvidas, suas inseguranças se manifestam desde a mais tenra infância. Faça uma pergunta sobre um mesmo problema para pessoas diferentes e terá respostas diferentes e subjetivas. Alguns diriam que a pluraridade é que torna tudo mais belo. Muitas vezes se esquecem de que ser plural é ser inseguro. Ter soluções diferentes para um mesmo problema não é nada confortável. Um peso, dez medidas, uma quase resposta que não ser serve pra nada. E quando é assim, fazer o quê? Escolher qual caminho? O caminho do coração, talvez. Mas para escolher o caminho do coração não era preciso estudar. A sabedoria a gente não aprende, a gente conquista. O conhecimento a gente absorve, rumina, deleita, aceita, ignora, goza, despreza, esquece. Muitas vezes a gente usa. Mas nem sempre serve. Nem sempre é útil. Acumulei papéis, acumulei leituras, acumulo vontade de descobrir, mas as dúvidas de hoje são maiores. Mais densas. Elas paralisam. Sou pequeno e estou fraco perto delas. Newton que me perdoe pelo quase trocadilho infame, mas se não enxergo mais longe é porque estou atrás das dúvidas que são gigantes.
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