sexta-feira, 26 de julho de 2013

yesterday

Seis meses, né? =/
Saudades!
Vc gostava dessa música... E a letra, quase propícia pra ocasião.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

peixe preso no vento...




Yo no soy sino la red vacía que adelanta
ojos humanos, muertos en aquellas tinieblas,
dedos acostumbrados al triangulo, medidas
de un tímido hemisferio de naranja.

Anduve como vosotros escarbando

la estrella interminable,
y en mi red, en la noche, me desperté desnudo,
única presa, pez encerrado en el viento.

Pablo Neruda

(trecho de Los Enigmas, em Canto General, 1950)





Depois de pensar, adiantar, buscar entender, escavar a estrela interminável, não resta nada além de acordar preso no vento. Sem respostas, despido, desprovido de qualquer entendimento. 

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quarta-feira, 17 de julho de 2013

nem tão bom assim

O bom senso é a coisa mais bem distribuída do mundo, pois cada um pensa estar tão bem provido dele, que mesmo aqueles mais difíceis de se satisfazerem com qualquer outra coisa não costumam desejar mais bom senso do que têm. 
(Descartes, O Discurso do Método, 1637).

Assim começa o Discurso do Método. Mas será mesmo? 
Meu bom senso não é tão bom, nem tão equilibrado assim. Ou é? Deveria ser?
Li o livro e não tenho respostas pra quase porra nenhuma. Ou tenho e não queria ter?
Sócrates me diria: Amigo, saiba que nada sabes!
Deve ser assim. 
Comigo é! Mas nem sempre. 
Tem hora que a gente sabe, só não entende. Ou sabe e não faz. 
Tem hora que a gente faz sem saber. E continua sem entender. 
Na maioria das vezes, nem um, nem outro. 
O certo é que não tem certo e que o bom senso nem sempre é bom.