quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

O mundo não cabe no sonho americano



(postando uma matéria do Estadão, de Cláudia Trevisan, Seção: Meio ambiente 00:44:14).
A integração de milhões de chineses e indianos à economia global e a ameaça da mudança climática deixam claro que o mundo não cabe mais no sonho americano do consumo desenfreado, dos carrões e do desperdício. A China se transformou no patinho feio da questão ambiental, com o maior volume de emissões de gases que provocam o efeito estufa, mas os Estados Unidos continuam a ser o maior poluidor quando se considera as emissões per capita de seus habitantes. Cada norte-americano polui quatro vezes mais que um chinês e o dobro de um europeu.
O sonho americano funcionava em um mundo de poucos, no qual o 1,3 bilhão de chineses e o 1,1 bilhão de indianos estavam virtualmente ausentes do mercado de consumo global, em razão da pobreza em que viviam. Quando essa massa que representa 40% da humanidade começa a comprar carros, viajar de avião e produzir a enorme quantidade de lixo associada ao modelo industrial ocidental, fica claro que o mundo terá que inventar outro sonho, muito mais frugal que o americano. Se a China tivesse a mesma proporção de carros por habitante existente hoje nos Estados Unidos, o país teria mais carros do que os que circulam hoje em todo o planeta.
E esse novo sonho terá que ser sonhado também pelos norte-americanos, que até agora se recusaram a assumir qualquer compromisso internacional que limite as suas emissões de gases, que representam cerca de 20% do total. Não é moralmente justificável exigir que os emergentes chineses e indianos adiem suas aspirações de consumo para que os americanos possam continuar a comprar enormes SUVs. Claro que a China também tem enorme responsabilidade na questão do aquecimento global, principalmente em razão de sua grande dependência do carvão para produção de energia. Mais poluente entre os combustíveis fósseis, ele reponde por 70% da matriz energética do país. Mas até agora, os líderes chineses mostraram mais disposição para enfrentar o problema do que os norte-americanos.
A Conferência do Clima que começa hoje em Copenhague traz o desafio de países ricos e pobres chegarem a um acordo sobre as responsabilidades de cada um no combate do aquecimento global. O painel das Nações Unidas que estudou o problema concluiu que os países desenvolvidos precisarão reduzir suas emissões entre 25% e 40% até 2020 em relação ao patamar existente em 1990. A proposta dos Estados Unidos prevê um corte de 17% sobre o nível de 2005, o que equivale a uma diminuição de 4,8% na comparação com 1990. Isso representa menos de um quinto do menor patamar de corte considerado necessário pelo painel das Nações Unidas. Para quem não fez nada até agora é muito pouco, não?

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

blowin' in the wind

Agora são 4h32 da madrugada e já já eu to tomando o avião de volta.
Não vejo a hora de chegar. Quero ver o João Lucas. Saudades de todos vocês. Quero ver e abraçar também.
Não sei se me entendem, mas esses 10 dias foram mais longos que os outros meses que passei aqui na Espanha.
Tem algo dentro de mim que não cabe no lugar onde está.
Parece que quer explodir e sair pelas paredes do quarto.
The answer, my friend, is blowin' in the wind,
The answer is blowin' in the wind.
Hoje ouvi a "voz" do Lucas pela primeira vez no tel. hehe. Quero pegar ele no colo amanhã.
20h meu avião estará pousando no Brasil. =)
Já que to ae.
Depois a gente precisa marcar um churrasco de fraldas. Certeza. Mas tem que ser no mínimo daqui duas semanas. Nesse final de semana quero ficar com o Lucas. =) Mas a gente combina isso. Ele vai precisar de muita fralda. hehe.
Sintam-se abraçados. Já que a gente comemora e bebemora junto.

Na verdade, pensei hoje indo pra faculdade: aqui dentro tem uma alma que parece não caber onde está. Ela é ansiosa demais... demais!

How many roads must a man walk down,
Before you call him a man?

Quantos caminhos um homem deve percorrer,
Antes que possam chamá-lo de homem?
Sim e quantos mares precisará uma pomba branca sobrevoar,
Antes que possa repousar na praia.
Sim e quantas vezes mais balas de canhão voarão,
Até serem para sempre banidas?
A resposta, meu amigo, está soprando no vento.
A resposta está soprando no vento.

Quantos anos deve uma montanha existir,
Antes que ela seja lavada pelo mar?
Sim e quantos anos podem algumas pessoas existir,
Até que sejam permitidas a serem livres?
Sim e quantas vezes pode um homem virar sua cabeça,
E fingir que ele simplesmente não vê?
A resposta, meu amigo, está soprando no vento.
A resposta está soprando no vento.

Quantas vezes precisará um homem olhar para cima,
Até que possa ver o céu?
Sim e quantos ouvidos precisará um homem ter,
Até que ele possa ouvir seu próximo chorar?
Sim e quantas mortes ainda serão necessárias,
Até que ele descubra que já morreu gente demais?
A resposta, meu amigo, está soprando no vento.
A resposta está soprando no vento.


terça-feira, 27 de outubro de 2009

MEU PRIMEIRO DEPOIMENTO

oi papaiii
vc ligo aqui p fala cm minha mae mas eu n deixeiiii
tava mamanooo
=)
to ficano gordinhu jaa.
hj tomei sol bem cedinhu e se tive mais tarde vo toma mais um pquinho.
agora vo toma banho e lava cabecao..minha mae ta com medooo
hahaha
meu bigu ta melhorzinhu
eu to bem..
soh faco toto durmo mamo e to aprendendo faze manha.
e vc como q ta?
tem que se cuida ein
p volta com pike e cuida de mim
to com saudadee de t escuta
agora quero colo seu
amo tantao
bj
joao lucas

Não é lindo? (coisas de mãe coruja.. rs)
Os olhos encheram de lágrimas! =)
Tá chegando a hora de eu voltar...
eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
(mas ainda falta um dia... =/ ..)

domingo, 25 de outubro de 2009

4 x 3 nos véio

O Lucas vibrou muito hoje a tarde!
E olha a roupinha linda que a mamãe colocou nele!
=D

Ele é lindo! Muito lindo!
Toda hora olho as fotos dele!
Todo mundo já sabe, mas é isso mesmo: quero voltar loooogo!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

MEU PRIMEIRO E-MAIL

Ola Papai, estou aqui, você é lindo quero ver você logo, logo...
Sabe, não esperei o senhor voltar porque estava curioso, e muito afoito para brincar. Quero conhecer todo mundo, principalmente você, paizão querido...
Um abraço, eu estou bem e a mamãe também, amo vocês...
Tchau, até mais, um beijo,
Te Adoro.
João Lucas

2,935 kg
49 cm
nasci às 15:00 hs, + ou - não sei direito... rsrsr...


Olha o email que recebi do João Lucas!
Hehe! Coisas de avô coruja!

Lívia

Como que será que foi a hora que rompeu a bolsa?
Como que ficou a expressão da Lívia na hora do parto? (ela achou que ia morrer... hehe a Manuela me contou)
Como foi o Lucas nascendo?
A Lívia tá amamentado já?
O Lucas é fofinho de se pegar? (Que pergunta, claro que é. Mas tenho que conferir.)
Quanto tempo a Lívia ainda vai ficar no hospital? Quando vai pra casa com o Lucas?
Se eu tivesse lá ia sair do hospital com roupinha do São Paulo!
E o registro dele? Eu que quero fazer!
Nossa! Quanta pergunta. Ainda é muito cedo no Brasil. Já já eu ligo. E o medo de ligar agora e acordar o João Lucas... hehe.
Sono! Muito sono! Passei quase toda a madrugada acordado! Vou comprar água, tomar água e tirar um soninho...

Ciudades Creativas

A melhor apresentação em espanhol que eu fiz na vida. Tá certo que não foram tantas assim, mas fiquei feliz com o resultado de hoje.
Foi em homenagem ao João Lucas! =)
Falei dele antes de começar a apresentar o trabalho. =D
Nem paro de olhar pras fotos dele. É lindão!
Eu eu bobão! Bem mais que o normal!
Então torce ae junto comigo: passa semana, passa... eita sete dias demorados!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

EU SOU LINDO!
















Um espetáculo!
Lucas arrasando corações no blog, no twitter e no orkut do pai!

O LUCAS NASCEU

22 de outubro. À tarde. Não sei exatamente a hora. Mas sei que to aqui longe e quero voltar agora.
Com certeza ele é lindão! Mas queria tá lá vendo!
Passa tempo, passsaaaaaa logo esses dias! Quero voltar!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

NO Limites


Sometimes I feel so happy
Sometimes I feel so sad
Sometimes I feel so happy
But mostly you just make me mad

Trecho de Velvet Underground em homenagem a várias e várias pessoas e situações que esbarram com a gente pelo caminho. Quando parece que o podre saturou, certas criaturas persistem em demonstrar que o esterco não é o limite. Como diria Flávio Lemos e Renato Russo: vocês são vermes, pensam que são reis.
Deve ser o alto nível de stress desses dias e essa ansiedade de gritar que tá fazendo eu postar isso aqui. Não liga não. Passa!
Aliás, tudo passa! Até uva passa!
Uma filosofia ANTAlógica para deixar o final deste post mais brando e para combinar com a inteligência de algumas pessoas.
Desculpa ai!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

De SÃO PAULO aos Coríntios


As Escrituras comprovam: o inteligentão SÃO PAULO, mandou cartas para ensinar "os burrão" Coríntios.

OURO DE TOLO

(by Raul Seixas)

Eu devia estar contente porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros por mês...
Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso na vida como artista
Eu devia estar feliz porque consegui comprar um Corcel 73...
Eu devia estar alegre e satisfeito por morar em Ipanema
Depois de ter passado fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa...
Ah! Eu devia estar sorrindo e orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada e um tanto quanto perigosa...
Eu devia estar contente por ter conseguido tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado que eu estou decepcionado...
Porque foi tão fácil conseguir e agora eu me pergunto "e daí?"
Eu tenho uma porção de coisas grandes prá conquistar
E eu não posso ficar aí parado...
Eu devia estar feliz pelo Senhor ter me concedido o domingo
Prá ir com a família no Jardim Zoológico dar pipoca aos macacos...
Ah! Mas que sujeito chato sou eu que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro, jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco...
É você olhar no espelho, se sentir um grandessíssimo idiota
Saber que é humano, ridículo, limitado
Que só usa dez por cento de sua cabeça animal...
E você ainda acredita que é um doutor, padre ou policial
Que está contribuindo com sua parte
Para o nosso belo quadro social...
Eu que não me sento no trono de um apartamento
Com a boca escancarada, cheia de dentes,
Esperando a morte chegar...
Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora de um disco voador...
Ah! Eu que não me sento no trono de um apartamento
Com a boca escancarada, cheia de dentes,
Esperando a morte chegar...
Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora de um disco voador...

Mudei a estrutura das estrofes por achar que da forma como estava ficaria muito extenso para o blog. Velha mania de achar. Mas as palavras que ai estão, todo mundo sabe, são do Raulzito. E têm tudo a ver comigo.
Pois é!
Eu tenho uma porção de coisas grandes prá conquistar
E eu não posso ficar aí parado...

sábado, 5 de setembro de 2009

MACONDO

Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo. Macondo era então uma aldeia de vinte casas de barro e taquara, construídas à margem de um rio de águas diáfanas que se precipitavam por um leito de pedras polidas, brancas e enormes como ovos pré-históricos. O mundo era tão recente que muitas coisas careciam de nome e para mencioná-las se precisava apontar com o dedo.

Taí algo fantástico! Macondo nasce no meio do nada e quase sem contato com o exterior cresce, prospera e volta a virar nada quando é varrida do mapa por uma tempestade de vento. Melquíades sabia disso! E sabia também do bebê com rabo de porco e da importância das formigas.
Eu não to ficando louco não, como ultimamente, até eu tenho achado. Estou falando de de um lugar que antes de voltar a ser nada, testemunhou feitos e paixões, realidades e absurdos. Um cenário tão vivo quanto seus habitantes, onde a vida é (ou foi) pulsante, cíclica, inédita, e porque não dizer, também solitária. Os Buendía me dariam razão. E tá tudo lá! Na obra do Gabo.
Quando me perguntam qual é meu livro favorito, oscilo entre três. Isso porque essa é uma das tantas perguntas que não gosto de responder. É difícil decidir um só quando tenho três muito particulares. Mas confesso, Cien Años de Soledad, de Gabriel García Márquez, é um deles.
Você já leu? Se não, não faz idéia do que tá perdendo. Deixa de preguiça e lê logo! Você vai entender de bananal, de louco amarrado em árvore e até mesmo de menina que sobe aos céus feito anjo de vento. Tenho certeza que não vai achar estranho se algo lá te parecer familiar.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Filosofia do irmão Fabiano

Existem pessoas que são mais insignificantes que a bactéria do mosquito do cocô do cavalo do bandido.

O título, Filosofia do irmão Fabiano, dá a impressão de ser algum dito de um pastor. hehe.
Melhor que isso. Olha quanta sabedoria existe nessa frase.
Autoria do Grande irmão Kemp.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

BAR DE BLUES DOS IRMÃOS DE BONGÔ

O show acabou. A inspiração aumentou. A vontade de tomar cerveja era maior e mesmo com o quase esvaziamento do bar, encontramos uma mesa aconchegante e decidimos filosofar sobre a vida. Muitas vezes fizemos isso. Sinto saudades. Não me lembro que banda tocou, nem sobre o que conversamos. O teor alcoólico não fora o responsável por esse esquecimento. A razão foi em função das idéias que ali iriam aflorar. Sempre me lembro daquele gordinho cabeludo, barbudo safado. Meu irmão de bongô. Foram várias risadas na noite e alguns papos deprimidos também. Nos simpatizamos com as duas coisas. E claro, o que de melhor poderia acontecer: planos pro nosso futuro bar de Blues. Um dia seremos sócios. Combinamos isso em tempos de Frango regado a fumaça de tabaco com e trilha sonora da boa. Se era Pink Floyd não sei, mas sei que o ambiente era uma ideal combinação de rock, penumbra e neblina de cigarro. Final de noite, ou começo de manhã, e uma única certeza: esse nosso bar não vai dar lucro. Mas foda-se! O importante é que nós dois iremos sempre freqüentar.

Aqui fica uma homenagem para o grande e inigualável Ademar. Salve, salve, Broy, que só não é perfeito porque não é são paulino. Já tinha escrito isso outro dia. Ia postar por esses dias. Resolvi fazer hoje depois que te vi na rua e conversamos rapidamente. Um grande abraço meu irmão.

17 DE FEVEREIRO DE 2009

Você já sentiu uma felicidade incontrolável vindo não sei de onde e chegando sem querer? Eu já!
Não me pergunte como, de onde veio ou que era. Só dá pra falar que no dia 17 de Fevereiro, senti uma alegria incomum. Uma felicidade clara, alva e azulada. Era o dia da concepção do João Lucas.
Não me venha dizer que era orgasmo, porque já tinha passado há alguns minutos.
Estava no Brasil, depois de alguns meses de Espanha, para acertar detalhes de um novo emprego. A saudade era grande. E assim foi.
Alguns dias depois, de volta à Madrid, a Lívia me conta que eu seria papai e ela mamãe.
Eu já sabia. Mas, de novo, não me pergunte como.

sábado, 29 de agosto de 2009

NARIZ VERMELHO

Uma imagem parecida com essa ficou famosa nesta semana. Ela veio do picadeiro de horrores central. Uma local respeitável por natureza, acolhedor de pessoas dignas, que não mereceia o patético e vulgar engavetamento das denuncias de corrupção. O comitê anti-ético contribuiu para o aparecimento de um enjôo, que está entalado na minha garganta e que só faz aumentar meu refluxo. Demagogia dupla protagonizada pelo árbitro e pelo coronel acadêmico letrado e bigodudo. O primeiro porque se calou durante o jogo e procurou concertar o erro na prorrogação. O segundo por tudo aquilo que representa e por todos aqueles que lhe apoiaram. O gesto foi importante, mas se feito em ocasião anterior, seria memorável. Cartão e nariz vermelho sim. Para o circo todo. Eu, na platéia, não ri. A piada não teve graça.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

PRIMEIRO SEMESTRE DE 2009

JANEIRO
Aceitei uma proposta de emprego novo.
Cortei meu cabelo depois de talvez uns quatro ou cinco anos.
Viajei pra Amsterdam. Depois conto mais sobre isso quando estiver com as fotos organizadas. Pois é! Ainda não fiz isso.

FEVEREIRO
Voltei ao Brasil para acertar detalhes do novo emprego.
Matei saudades da Lívia, do meu pai, família e amigos.
Revi a Gabi.
O João Lucas foi concebido.
Retornei à Madrid.

MARÇO
Mês de muito trabalho lá pelas bandas de Madrid. Quase não sai do quarto pra poder terminar o projeto de marketing e TVDi e minha tese.
Tive certeza científica que ia ser pai. Mas já tinha certeza advinda do senso comum e também do incomum.
Pelo segundo ano consecutivo, passei meu aniversário sem comemorar. Nem uma cerveja graças ao bendito antibiótico que tava tomando. Fala sério!

ABRIL
Entrei como professor no emprego novo.
Defendi o doutorado.

MAIO
Entreguei minha tese e dei aulas pra caramba.

JUNHO
Assumi a direção da faculdade no emprego novo. Está sendo muito bom, desafior e gratificante.
Voltei à Madrid.
Participei da organização de dois congressos.
Voltei ao Brasil e troquei muita idéia com o Lucas. Já é um são paulino nato.

JULHO
Conto no final do ano, pois o relatório é semestral. Tá escrito ali em cima. Olha! Não leu?

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Dia de pedreiro e costureira

Desde cedo tampando buracos, fazendo remendos. Cansou mas foi bom. Até que dei conta de algumas situações inusitadas e inesperadas.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

LUCAS

Eu vou ser papai em novembro! O João Lucas tá chegando! Demorou pra eu falar dele aqui, mas agora notícias sempre aparecerão! Ele já tá grandão e é um verdadeiro torcedor tricolor. Ontem assistimos jogo juntos e sofremos com a derrota do São Paulo. Mas nós dois sabemos, o Tricolor vai ser campeão de novo esse ano.
Lívia, me perdoe, mas este post é dedicado ao Lucas Lindão. =)

terça-feira, 4 de agosto de 2009

voltando...

faz tempo, tempo, muito tempo que não atualizo isso.
mas estou voltando.
tem muita coisa boa que me aconteceu desde fevereiro e vale o registro.. em breve, eu aqui de novo...

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

4h01

Com sono mas não conseguindo dormir. Certeza que vou virar a noite até o horário de embarque... chega de posts agora. Novos só depois de desembarcar no chão do Brasil... é hj. u-hu!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

OUTRO MAIS...

Deitado pelado pra não amassar a roupa.

Minha bagagem toda ta no aeroporto. Nada de camisa limpa nem um desodorante, nem escova de dente, nem pasta. E mui menos vontade de sair e procurar onde comprar. Frio e dentro de um hotel no aeroporto não são fatores favoráveis pra me animar.

Hoje o dia foi um dos piores de todos. Mas o bom é ter pessoas importantes que conseguem levantar o astral da gente. Agora a noite, a Lívia, o Léo e o Bruno estão me animando no msn.

23h44

puts.... ainda mais 9h....

CONTANDO AS HORAS

Sabe quando a gente passa o tempo olhando para o relógio e contando o tempo para algo que está demorando pra acontecer?

Passei o domingo todo assim. Quase o final de semana todo, mas no domingo foi mais intenso. Não via a hora de chegar segunda feira a noite e desembarcar no Brasil.

Agora, nesse exato momento, começou outra vez. Agora são 20h13. Meu vôo sai amanhã, às 9h30...

PARIS

Pois é! O nome do blog mudou! Acabei de mudar. Graças a neve.

Eu vou explicar. Hoje estou em Paris. Mas não me venha com essa conversa: nossa, qui tuduu! Baah! Eu queria mesmo era estar chegando no Brasil.

Tudo bem. Estou nervoso. Mas não me culpem. Esse mal humor passa.

Quando não se tem muito dinheiro, a gente opta por comprar passagens aéreas mais baratas. E cá estou eu graças a la nieve.

Madrid-Guarulhos, sairia 300 euros mais caro que a conexão Madrid-Paris, Paris-Guarulhos. Seria mais tempo de vôo, eu sabia, mas não me incomodei. Afinal, 300 euros pra mim que não os tenho são importantes. Ou melhor, eram importantes. Hoje não são mais.

Uma nevasca violenta em Paris atrasou o embarque que foi adiado umas três vezes até um total de 2 horas.

Embarquei e o avião não saiu do lugar por mais 2h. Charles de Gaulle estava interditado. Pois é, lá estava eu em Barajas, curtindo um tédio.

Nos últimos três dias não via a hora de embarcar para o Brasil. Estava viajando, fora de Madrid (depois escrevo sobre isso), mas o que mais queria era ver a Lívia, a família e os amigos. A viagem foi bonita, mas o que me encantava mais era a pronta idéia de voltar pra casa. Eu vi várias vezes a cena da Gabi dando risada ao ganhar o regalo que estou levando pra ela de Amsterdam. Vi eu abraçando a Carla e apertando a bochecha. Vi meu pai no aeroporto junto com a Lívia me esperando. Vi os abraços e os beijos. Saudades é foda.

Enfim, o avião decolou e chegamos em Paris com 4h de atraso. Mais meia hora pra se descer do avião porque o ônibus não vinha para o translado. Com medo e ansioso pra tentar um vôo ainda pra hoje, descobri que meu inglês melhora muito em situações extremas... mas qualquer coisa já é uma melhora pra alguém que sempre trava no exercício da conversatition.

Depois de muito stress em uma fila gigante, descobri que não tinha mais vôos pra hoje. Ganhei uma estadia num hotel do caralho, com direito a janta e café da manhã, mas ganhei também uma raiva gigante depois de tentar ligar para o Brasil várias vezes. A empresa aérea me deu um cartão telefônico com créditos de 10 minutos. Tinha planejado ligar 5 minutos pra minha casa e 5 minutos pra Lívia. Mas foram só planos. Nenhum telefone aceitou o código. E tinha somente duas moedas de 10 centavos pra tentar usar o telefone. Lembrei da nota de 50 euros e fui tomar um café pra poder trocar a grana. Isso porque descobri terminais para comprar cartões novos. Mas a máquina só aceita notas de 5 ou 10 euros.

Café tomado, nota trocada. E máquina me engole uma nota de 5 euros e não devolveu mais. Restou pedir para trocar uma outra nota de por moedas que foram usadas em segundos de conversa com o Felipe.

E cá estou eu no hotel. Com vontade de estar chegando no Brasil...

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

MINHA PRIMEIRA VEZ EM MADRID

E NA VIDA!

A primeira vez minha e do Bruno foi tão emocionante que depois é duro ouvir frases como:

- Nossa, olha só para o tamanho! Como é pequena!

- Que peitos murchos!

Tá bão! Você deve estar pensando besteira de um gaúcho e um são paulino.

Fala sério! Olha pra essa obra prima. Que maravilha esa muñequita de nieve! Não é um charme?

Bah tche! Somos machos!

Vou explicar essa confusão e esses trocadilhos toscos: A primeira vez que vimos e sentimos neve caindo nas nossas cabeças. A primeira vez que fizemos uma boneca (ou boneco) de neve!

Depois de tanto entusiasmo, a Lívia, após ver as fotos, disse que nossa boneca era anã. E meu pai, mais tarado, já logo disse que os peitos eram deformados. Falou que mostrou em casa pra todo mundo. Tia e avô tiraram sarro da nossa boneca.

tsc tsc tsc...Eu gostei! =)

Fizemos de uma forma bem brasileira. Conforme aprendemos no inverno de Porto Alegre e do interior de São Paulo.

Fomos pegando neve, pouco a pouco, ora fazendo bolas com a mão, ora juntando com o pé, quase desistindo na base da boneca, colando uns gravetos no chão pra simular a expressão da face, mas persistimos. Foi bom, mira que espetáculo de boneca.

Mas a surpresa veio depois. Andando pelo parque, vimos espanhóis fazendo bolas pequenas e enrolando na neve até elas tomarem forma e massa de boneco. Todos eles muito maior. Mas isso não nos abalou. Nenhum era tão bonito ou charmoso quanto a nossa.

Valeu a experiência!

Foi bom pra você?

EM 3 MESES

Descobri novos e importantes amigos. Poucos, mas especiais.

Senti saudades de uma forma que não sabia que existia.

Senti amor à distância e uma forma que não sabia que existia.

Deu vontade todo dia de ver a Lívia.

Passei alguns dos dias mais felizes da minha vida.

Com certeza, passei alguns dos piores dos piores dias também.

Vi que a solidão às vezes ajuda, mas geralmente machuca.

Senti saudades de velhos amigos.

Tirei minha carteira de identidade de estrangeiro.

Estudei como louco.

Tirei dias de férias por conta própria.

Lembrei como é foda ser pobre e não ter dinhEURO.

Planejei viagens para o Brasil que não deram certo até agora.

Aprendi a tomar banho de pé em um furo.

Senti mais e mais saudades e comecei a ficar deprimido.

Experimentei cervejas da Europa e fiz um blog pra elas.

Ouvi muita música sozinho no quarto.

Passei muitos dias no quarto.

Não vi TV (com exceção dos jogos do São Paulo).

Fortaleci minha convicção de que TV não me faz falta.

Estou estudando muito sobre TVDi.

Acabei de ver que sou ambíguo.

Mas sei também que meu projeto não tem muito a ver com a TV que não me faz falta.

Vi lugares que nunca vou esquecer.

Meu pai me visitou nas férias dele.

Descobri que os planos mudam quando se aparece uma proposta melhor.

Confirmei a certeza que os planos mudam, mas os sentimentos não.

Fiquei feliz com os acontecimentos do início do ano lá do outro lado, na família, no Brasil.

Vi a primeira vez uma parada de Dia de Reis.

Na parada, ouvindo um bêbado do meu lado falar para uma criança: Baltasar me dará una Ferrrrrrraari!

Vi a criança não ligando pro estado dele, só de divertindo muito.

Vi crianças sorrindo e acenarem para os reis no desfile.

Descobri técnica nova: quando se está na multidão, é só levar escada pra ficar mais alto que todo mundo. (se isso fosse feito no Brasil, com certeza voariam latas de cerveja, pedras e tijolos...)

Estou lendo Dostoievski em espanhol graças ao Bruno.

Conversei com a Carla hoje e me deu muitas saudades dela e da Gabi e do Felipe.

Faço academia quase todos os dias.

Continuo dando muita risada mesmo estando triste alguns dias.

Comi mais McDonald’s mais que na minha vida toda.

Vi a maior nevasca da minha vida caindo em frente à minha janela e depois na minha cabeça.

Fiz a primeira boneca de neve anã de peito torto da história.

Participei da primeira guerra de neve da minha vida.

Senti muito frio.

Recebi muitas e muitas boladas de neve.

Acertei também muitas boladas de neve.

Virei madrugadas estudando por não conseguir dormir (como hoje).

Terminei de escrever esse relatório trimestral que tenho certeza que não será aceito pela CAPES... rs.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

THE LOGICAL SONG

Supertramp

Quando eu era jovem, parecia que a vida era tão maravilhosa. 
Um milagre! Tão bonita! Tão mágica!
Os pássaros nas árvores cantavam felizes, alegres e brincalhões, me olhavam. 
Foi então que me ensinaram a ser sensato, lógico, responsável, prático. 
Me mostraram um mundo onde eu poderia ser dependente, doente, intelectual, cínico. 

Certas noites, quando todo mundo dorme, 
Aqui dentro questões correm profundas demais para um homem tão simples. 
Por favor, me diga o que aprendemos.
Pode soar absurdo, eu sei, mas por favor, me diga quem eu sou. 

Eu digo: 
Cuidado com o que você diz, ou poderão te chamar de radical, liberal, fanático, criminoso.
Você não vai poder assinar seu nome.
Gostariam de sentir que você é aceitável, respeitável, apresentável.
Um vegetal! 

À noite, quando todo mundo dorme, 
Questões correm tão profundas para um homem simples como eu.
Por favor, me diga o que aprendemos.
Eu sei que soa absurdo, mas por favor, me diga quem eu sou. 
Quem eu sou...

Tradução livre pra ficar mais parecida comigo. A música é fantástica! A letra, perfeita! E combina com essa madrugada, com várias e várias outras já passadas, com a hora da postagem...
Bom, agora vou dormir. Ou não...

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

1 de Janeiro

Acordei tarde, pouco antes das três da tarde. Falei com a Lívia e meu pai e sai pra comer porque perdi o almoço da Casa do Brasil.

Andando pela rua, pensei: 1 de Janeiro de 2009 e cá estou eu em Madrid.

Dois meses e meio já passados. Para algumas coisas parece que o tempo passou devagar demais, para outras, parece que foi rápido.

Comentei isso agora mesmo com meu pai no msn, depois dele me falar: - Agora que percebi, a data, 1/1. Estamos em janeiro de 2009.

Pois é! Parece que foi ontem que me convidaram pra vir pra cá.

E o pai disse:

- Tava previsto para um dia desde longa data, lembra? A vida é assim, a gente só percebe quando acontece, a demora vai se diluindo no tempo.

...a demora vai se diluindo com o tempo. Esse trecho final da frase ficou na cabeça...