sábado, 22 de dezembro de 2012

O DIA SEGUINTE

E hoje, cá estou, escrevendo direto do dia seguinte ao fim do mundo, pra dizer que sobrevivi. Sobrevivemos. 
O mundo não acabou e fica no aguardo de um novo fim do mundo. Em um futuro não tão distante, outra data igual deverá aparecer. 
Pra dizer bem a verdade, não se fazem mais profecias como antigamente. 

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Amanhã é o dia

Saiu a Programação do Fim do Mundo

06:30 - Início do Fim
07:00 - Chuva de meteoritos
08:30 - Chegada da primeira tsunami
10:00 - Boas vindas dos OVNI's
10:30 - OVNI's dançando Gangnam Style em flashmob
11:36 - Início da Destruição
12:00 - Eclipse e alinhamento de todos os planetas do sistema solar
12:00 a 14:00 - pausa para almoço
14:15 - Inversão dos Pólos Magnéticos da Terra
15:00 - Super Aquecimento Global
16:30 - Início da Aniquilação dos Terráqueos
17:00 - Show do Kiss
18:00 - Revelação de Terráqueos Alienígenas
19:00 - Resgate de prisioneiros da área 51 e de Varginha
20:00 - re-abertura do túnel São Tomé Das Letras/ Machu Picchu
21:00 - Aproximação do planeta Nibiru
22:00 - Revelação de amigo secreto dos UFO's
23:00 - Chegada do Tinhoso pra terminar o serviço
23:30 - Fim do Mundo

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

e lá se vai mais um mês...

Último dia de um longo mês. 
Pareceu curto, pareceu longo, mas foram apenas mais trinta e um dias, agora quase todos passados. 
Novembro chega para renovar as angustias, sonhar as mudanças, mas principalmente para concretizar positivamente as ações. 
Novembro chega cansado, mas firme e confiante. 
Novembro chega e daqui a pouco também estará indo.
Abrindo espaço para o bom velhinho que virá saborear as guloseimas que serão deixadas na mesa depois da ceia. 
Vamos ver o que ele vai colocar no sapatinho que ficará pendurado na sacada. 
Ano após ano ele tem me surpreendido. Sempre trazendo coisa boa.
E não será diferente nesse ano.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

fake plastic trees


Fui parabenizado, em tom meio irônico, por ser transparente e dar minha cara a tapa. Tudo porque não escondo minhas preferências políticas. Não é assim com futebol? Por que ser diferente com política, religião, crenças, credos, ideologias? Prefiro assim. Melhor que se omitir por medo ou ficar em cima do muro. Melhor colocar as ideias abertamente do que falar no escuro tentando se esquivar das pancadas. 
Pois é! O mais curioso é que o comentário veio de um fake. Cada vez mais entendo menos as pessoas. 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Como seria?

Como seria? O menino inseguro cresceu. Não mudou muito nas suas dúvidas e incertezas, mas mudou na forma de agir. Se antes não via responsabilidades além dos seus livros e cadernos, hoje sabe como não é fácil as surpresas do dia a dia. Se antes não sabia como ajudar, hoje tenta fazer o melhor, mas mesmo assim deixa muito a desejar. Algumas perguntas seriam mais fáceis de serem respondidas, mesmo que não tivessem respostas, se pudesse pelo menos saber o que ela estaria achando. Será que aprovaria suas escolhas? Será que ficaria feliz em ver o adulto que cresceu daquele gorducho tímido? Ah! Com certeza iria rir muito com os netos. Dançariam do jeito que tentava fazer o filho dançar. Contariam histórias. Histórias da vida, histórias da Bíblia. Ensinaria para cada um deles como ser persistente. Mostraria que a vida é feita de perdão e abnegação. Ensinaria como ter mais paciência e como renunciar mais fácil. Mas nem sempre o futuro reserva aquilo que a gente espera. O mais díficil é não ter nunca a resposta para dúvidas simples. Dúvidas de como seria tudo se os anjos não a tivessem chamado naquela manhã de domingo. Mesmo ainda cheio de dúvidas, fica a certeza que de que o tempo ameniza as dores, às vezes até parece fazer esquecer. Mas só parece. Porque o que é puro, é eterno. E o que é eterno está sempre presente, já que nunca se foi. 

Poema (Cazuza)

quarta-feira, 25 de julho de 2012

uma coisa é certa...

E o caminho voa, o tempo anda, as vontades mudam, desmudam, voltam, se vão, retornam. O que era ontem, hoje já não é. E amanhã pode voltar. E assim vou indo. De novo e uma vez mais, cheio de dúvidas, sem saber muita coisa. Confuso como essas poucas linhas. 

sexta-feira, 20 de julho de 2012

fim...

E sumiram com a Dona Aranha!
Justo ela, que tinha mais coração que o dono da arte.

terça-feira, 17 de julho de 2012

ninar

Acabei de fazer meu filho dormir, ao som de Beatles. Ele pediu, assistimos vídeos até ele pegar no sono no meu colo. Querer mais o quê? =)

sexta-feira, 22 de junho de 2012

remember me


Quanto vale a sorte?
Quanto custa o nome?
Qual o preço da morte?
Quem realmente é homem?
Você sonha ou dorme?
Come? Morde? Fode? Explode?

Exploda! 
Cuspa!
Grite!
Chore!
Só não se acomode!
Lembre disso enquanto pode!

até o fim do mundo...



Um dia o copo quebra, a água evapora, a chama apaga, o verde desbota, a luz escurece.
Talvez outro dia a morte renasça, o vapor se condense, o escuro clareie.
Até lá a dúvida permanecerá, a ideia sonhará e a esperança esperará.



terça-feira, 19 de junho de 2012

Volta

Quando a luz apaga fica o medo. O medo e a esperança. O medo do incerto. A esperança do que está por vir. A incerteza de ter feito a coisa certa. A descrença no que de concreto resta. Quando a dor lateja fica a força e a agonia. A força pra suportar a eternidade. A agonia em  viver cada novo instante. Fica o medo, a esperança, a força e a agonia. Fica o choro, a revolta, a alegria e a lembrança. O choro por aquilo que passou, a revolta em não entender, a alegria da vida vivida, a lembrança da vida partida. O choro de tristeza, a alegria doída. A revolta por não saber se amanhã os olhos se abrirão. Como é grande a vontade de olhar de novo pr'aquele semblante que sempre trouxe paz. A lembrança que marca. Suave e eterna até o fim. O sangue corre, o pulso lateja, a janela brilha. Brilha um brilho opaco. Uma penumbra que lembra o fim do dia. O dia vai, a noite vem, os olhos não mais vêem. Fica o soluço, o suspiro, a incerteza. Fica o cheio, fica o vazio. Fica o suor, a calma, a paz, fica o sono sonhado. A noite dormida, o corpo relaxado. Amanhã você acordará bem. 

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Outono

As folhas alaranjadas do outono estão caindo. Os galhos ficando pelados. O céu mais azul. As cores mais intensas. O pôr do sol mais vivo.

Mesmo sem folhas, sem galhos, sem árvores, essa torre ficou mais bonita de se ver.


Foto de 21/05/2012, da janela da cozinha de casa.

terça-feira, 29 de maio de 2012

quarta-feira, 25 de abril de 2012

avalie você


Avaliar classifica ou discrimina?
Avaliar cogita ou abomina?
Avaliar pondera ou viola?
Avaliar é justo ou dá esmola?
Avaliar com qualidade ou inequidade?
Avaliar com calma ou futilidade?
Avaliar é crime ou razão?
Avaliar com notas ou emoção?
Depende do avaliado ou avaliador?
Depende do momento ou do furor?
Depende da raiva ou da dor?
Depende da paixão ou do rancor?
Avaliar marca ou transgride?
Avaliar pondera ou agride?
Avaliar peca ou disciplina?
Avaliar gera indisciplina?
Avaliar subjuga e sancioniza?
Avaliar saqueia e ironiza?
Depende do dia ou da alegria?
Depende da vontade ou da empatia?


Em homenagem a todos os avaliadores.
Para os mais sinceros e bem intencionados.
E para os escrotos desalmados.
Para o dia de hoje e de ontem
Para amanhã e para outrem.
Para a prova que aprova.
Para a banca que reprova.
Para seus títulos silhueta,
Serem guardados na gaveta.


By me, sem muito amor.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

dúvidas gigantes

Alguma vez você já sentiu vontade de rasgar seu diploma? Hoje senti. Não um, mas três deles. Doutorado pra que se as questões mais fundamentais, relacionadas com as pessoas que mais amo, não são resolvidas conforme dita a teoria. Fórmulas, poesias, artigos. De nada me serviram. O homem é uma incógnita desde quando nasce. Seus medos, suas dúvidas, suas inseguranças se manifestam desde a mais tenra infância. Faça uma pergunta sobre um mesmo problema para pessoas diferentes e terá respostas diferentes e subjetivas. Alguns diriam que a pluraridade é que torna tudo mais belo. Muitas vezes se esquecem de que ser plural é ser inseguro. Ter soluções diferentes para um mesmo problema não é nada confortável. Um peso, dez medidas, uma quase resposta que não ser serve pra nada. E quando é assim, fazer o quê? Escolher qual caminho? O caminho do coração, talvez. Mas para escolher o caminho do coração não era preciso estudar. A sabedoria a gente não aprende, a gente conquista. O conhecimento a gente absorve, rumina, deleita, aceita, ignora, goza, despreza, esquece. Muitas vezes a gente usa. Mas nem sempre serve. Nem sempre é útil. Acumulei papéis, acumulei leituras, acumulo vontade de descobrir, mas as dúvidas de hoje são maiores. Mais densas. Elas paralisam. Sou pequeno e estou fraco perto delas. Newton que me perdoe pelo quase trocadilho infame, mas se não enxergo mais longe é porque estou atrás das dúvidas que são gigantes. 

sábado, 31 de março de 2012

relógio

a criança cresceu
a barba surgiu
o cabelo caiu
a pele enrugou
a cabeça doeu
a barriga engordou
a perna tremeu
o peito apertou
e nada mudou

a escola estudou
a escolha elegeu
a paixão amou
a viagem voou
o estudante voltou
a cegonha chegou
o filho nasceu
o sorriso brotou
e tudo mudou

a luz acendeu
o sorriso abriu
a filha nasceu
a casa cresceu
o menino encontrou
o vazio preencheu
a falta faltou
o homem pensou
e também duvidou

a noite acordou
o dia nublou
o sol escondeu
a estrela brilhou
o homem partiu
o tempo levou
o gelo quebrou
o palhaço sorriu
e a flor não abriu

a idéia pensou
o ser refletiu
a lucidez apagou
o sonho sonhou
o trabalho ergueu
a vontade ajudou
a angústia insistiu
a vida levou
e a resposta não chegou...

29/03/2012, 10h21



quinta-feira, 29 de março de 2012

mais um outono

Aliviado, mas com o peito apertado.
Sonolento, mas atento.
Mesmo cansado, de pé. 
Mais velho, mas ainda com a mesma idade.
Mais um ano e parece que foi ontem.
O verão acabou, está esfriando.
O laranja do outono me faz lembrar de mim.
As folhas caem, o tronco fica.
O vento sopra, sacode os galhos.
A raiz continua enterrada no peito.
Ela se abala, entorta, sufoca, aprisiona.
E de novo vai esperar.
O inverno chegar, o gelo derreter, a vertigem passar...

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Filho

Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo.

José Saramago (1922-2010)



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

preparativos

1º dia de aula

crescendo

O nenê virou nenezão e agora está ficando mocinho. Está crescendo. Às vezes falador, às vezes tímido, mas sempre cheio de energia. Hoje começa na escolinha. Aguardava por esse momento, empolado, há mais de meses. Só que agora, às vésperas de ir pra escola, parece meio inseguro. E junto vou eu, inseguro.
Há pouco menos de uma semana, conversando com gente experiente, ouvi falar que o amanhã não existe, que o ontem não existe. O que existe é o agora. Já cansei de ouvir ou ler isso, mas dessa vez a conotação foi diferente. Essas palavras foram ditas por um médico experiente, hoje avô, com os olhos cheio de lágrimas, no momento que expressei minha angustia antecipada ao tentar prever como serão os dias lá da frente com o Lucas crescido. Ele não andava, agora já corre. Ele não falava, agora já conta. Já, já, vai estar ganhando o mundo. E eu, pai bobo, vou ficar na torcida, com dois filetes de água escorrendo pelo rosto, olhos vermelhos como agora, sentindo saudades de um tempo que pareceu breve, mas que será eterno. Te amo João Lucas. Sempre, sempre.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

escolhas

Em cada escolha arriscas a vida que poderias ter; em cada decisão, perdê-la!
Richard Bach


Escolher é difícil. É sinal de novidade e mudanças, mas também deixa marcas doloridas da perda daquilo que poderia ter sido. Poderia ter sido e não foi. Se existem escolhas, algo sempre ficará pra trás na bifurcação da decisão.