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terça-feira, 18 de junho de 2013

observando

Pela janela, ela me observava.
Sentado na minha sala, pensando e trabalhando, percebi que olhos grandes me olhavam.
Fui até a janela dizer um oi e pedir licença pra fazer um click!
Não resisti e fiz vários!
Obrigado Dona Coruja!


Segundo meu amigo, Henrique Oliveira, a CORUJA é o símbolo da sabedoria em várias culturas, sobretudo na grega, tanto que Atena, deusa da guerra e da sabedoria, tinha uma coruja como mascote. Os gregos consideravam a noite como o momento do pensamento filosófico e da revelação intelectual e a coruja, por ser uma ave noturna, acabou representando essa busca pelo saber.

Então, chegou a dúvida: será que era a minha sala mesmo que ela procurava? :)

terça-feira, 19 de junho de 2012

Volta

Quando a luz apaga fica o medo. O medo e a esperança. O medo do incerto. A esperança do que está por vir. A incerteza de ter feito a coisa certa. A descrença no que de concreto resta. Quando a dor lateja fica a força e a agonia. A força pra suportar a eternidade. A agonia em  viver cada novo instante. Fica o medo, a esperança, a força e a agonia. Fica o choro, a revolta, a alegria e a lembrança. O choro por aquilo que passou, a revolta em não entender, a alegria da vida vivida, a lembrança da vida partida. O choro de tristeza, a alegria doída. A revolta por não saber se amanhã os olhos se abrirão. Como é grande a vontade de olhar de novo pr'aquele semblante que sempre trouxe paz. A lembrança que marca. Suave e eterna até o fim. O sangue corre, o pulso lateja, a janela brilha. Brilha um brilho opaco. Uma penumbra que lembra o fim do dia. O dia vai, a noite vem, os olhos não mais vêem. Fica o soluço, o suspiro, a incerteza. Fica o cheio, fica o vazio. Fica o suor, a calma, a paz, fica o sono sonhado. A noite dormida, o corpo relaxado. Amanhã você acordará bem. 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

ÚNICO

amizade, desapego, amor, compreensão, apoio...

Sentimentos e ações de uma lista que não finda.
Poderia falar tanto e acabar não dizendo muito. Tudo que esse ser representa não pode ser expressado com palavras.

Uma vez me perguntaram, em longínquos dia dos pais: se você fosse pai, como queria ser? A resposta foi fácil:
- Eu queria ser como meu pai!

É incrível um herói consegue ser herói e ao mesmo tempo mostrar seu lado mais humano. Essa figura faz isso a todo instante. Seja em relatos ou exemplos, me faz tomar consciência sempre que estou ao seu lado do que é um ser humano de verdade.
Aprendi a enxegar nele tudo o que é preciso para vencer. Não falo de glórias materiais, mas de caráter, exemplo e espírito. Isso vai muito além.

Pois é meu velho, algumas pessoas podem não compreender, mas 90% das coisas que consegui são responsabilidade sua.


Hoje, quando embarcava de volta para o Brasil, lágrimas correram desses olhos. Saber que a companhia de quase um mês regressava e ver os acenos deixaram uma sensação tristeza que não se explica. A saudade fica, mas a certeza do amor que sinto por você supera tudo.

É marcante como alguém consegue abrir mão de certos sonhos em função de outras pessoas. Um coração desse tamanho não caberia no meu peito. E olha que ele é bem menor que eu!
Sempre foi assim! Sempre fez tudo! Sempre ajudou muito!

Pai, queria ter sido menos chato em vários dos momentos, nestes que esteve por aqui e em outros passados.

Foi muito bom compartilhar suas férias nessas andanças por aqui. Pode ter certeza, a viagem se repetirá no próximo ano. Já estamos combinado.

Obrigado por tudo! E tudo é tudo!

Todas as fotos das férias dele na Espanha estão no meu album.

TOLEDO RETURNS

O início e o final do dia que encontramos os desaforados gigantes.

Isso tá soando familiar? Pois é! Isso é Cervantes nas falas de Don Quijote. Mas deixa
esses seres desalmados para um post futuro.

Agora é hora de dizer que eu e meu pai elegemos Toledo como passagem obrigatória, a parada perfeita, a metade do caminho ideal para nossa aventura em La Mancha.

Tudo bem que não sabiamos da existência do ônibus de Madrid direto para os moinhos. Mas também não nos informamos e não nos preocupamos com isso. E mesmo com mais informações, por Toledo passaríamos de novo.

Lá embaixo eu disse que queria voltar.

Pois então. Voltei! E ainda quero fazer isso mais vezes. Tem muita, muita coisa pra ver e ainda não conheço quase nada.

O olhar fica mais tonto que o normal por não saber que lado mirar.


Tudo é bonito demais. Perfeito. Andar pelas ruas da cidade murada com ladeiras pra lá de íngremes cansa, mas é de longe compensado pela sensação de bem estar que fica.

Madrid é uma cidade fantástica. É bom estar aqui conhecendo um pouco da capital espanhola.

Mas ela que me perdoe, pois ficaria fácil fácil em Toledo.

Contudo, os trabalhos e afazeres não permitem.

Então, que uma ou outra passagem por essa cidade vizinha, fica para eventualidades.


Ah! Um detalhe antes de aparecer algum amigo, dentre os tantos possíveis, para falar que inglês do título do post ta errado. Tudo bem! Eu sei! Toledo não voltou, nós que regressamos a ela. Mas não importa. Achei que ficou legal assim e postei!


sábado, 29 de novembro de 2008

ÁVILA

Outra cidade declarada Patrimônio da Humanidade. Todo tipo de souvenir tenta vender a imagem da magia presente em Ávila.

Não seria necessário. Basta andar por cima da muralha, datada do século 11, com parte preservada e parte restaurada, para descobrir logo nos primeiros passos toda a mágica lá presente.

Esforço de romanos, mouros e judeus. Cidadãos livres e escravos. Soma de trabalhos seculares para erguer algo que ainda é palpável.

Em vários momentos meu pai me olhava dizendo: "Isso parece coisa de cinema!" Realmente tudo aquilo parecia um grande cenário. Mas confesso que é mais do que isso.

Mesmo com todo o fascínio que a sétima arte exerce naqueles que a apreciam, a experiência real supera tudo o que algumas películas já mostraram.
Bom, seria redundante falar que viajei de novo. Não é novidade. Mas não tem como a máquina do tempo da imaginação não ir parar lá na Idade Média ao circundar a cidade caminhando sobre a muralha.

A imaginação fértil se mescla com histórias já lidas e, como Toledo, Ávila nos leva para longe da realidade.

Na cidade mais alta da Espanha presenciamos um frio danado que entra até nos ossos.

Templos e conventos romanos e renascentistas completam toda a sensação de magia. Palácios e mansões da nobreza castellana se espalham por ruas estreitas e "simpáticas".

Tudo que escrevi e tudo mais que tentar falar sobre o lugar não chega a ser suficiente para representar todo o fascínio que a cidade despertou.
Quero voltar lá também! =)

Outras fotos aqui!

SEGÓVIA

Com aqueoduto romano do século I, de 28 m de altura e quase 15 km de extensão, inúmeras igrejas e diversos palácios medievais, cuja representação mais digna é o Alcázar, Segóvia faz todo aquele que tenta se aventurar entre seu emaranhado de construções, se render à beleza e às recordações intactas de outrora.

Foi preciso se jogar por aquelas ruas sem se preocupar com o horário do trem que
regressaria ao final do dia à Madrid.

Toda a caminhada inicial culminou com a chegada ao Alcázar. Castelo de 1120, erguido sobre um penhasco rochoso, que se impõe logo que avistado de longe. Dono de uma torre de mais de 150 degraus de 40 centímetros de altura, que me fez quase infartar após a subida.

Escada em caracol, corredor apertado, sem paradas pra descanso. Degrau por degrau até a torre.

Antes de continuar, agora, para não magoar muito o meu porte atlético (ele é muito sentimental), preciso dizer que todo mundo quase infarta quando sobe a torre.

Bom, você já deve ter percebido que como bom gordinho escrevi isso para tentar levantar meu ego. Mas o fato é que fiquei aliviado ao parar para olhar todos os valentes e corajosos turistas que se arriscaram e conseguiram terminar o percurso escaleras acima. Ufa!

Não teve um que não chegou bufando. Uns sentando, outros encostando pelos cantos, mas todos, todos, buscando reencontrar o fôlego perdido!

Isso foi bom. Muito bom, diga-se de passagem! Mas não me entendam mal. Não falo pela desgraça dos outros, claro que não, mas para perceber que não só eu e meu pai estamos "um pouqinho acima do peso".

Deixando esse papo de gordo de lado, agora é hora de dizer que depois de sobreviver a uma eminente parada cardíaca, a vista que a torre proporciona de toda a cidade é algo pra lá de compensador.

Depois de fotos e mais fotos, lá fomos nós, agora escaleras abaixo. E, para relembrar a subida, sem direito a paradas pra descanso. Quase seis da tarde e ainda o fluxo de turismo torre acima e torre abaixo ainda era constante.

Nós, rumo a uma cafeteria para buscar algo que esquentasse e ajudasse relaxar o esqueleto. Depois do café por mim tomado e do caldo que meu pai escolhera pra ele, lá iamos, mochila nas costas, agora para pegar o trem que em breve regressaria a Madrid.

Muito bom! Nem vou falar que quero voltar porque você já deve estar sabendo.

Mais fotos, todas elas não, mas muitas, dá pra encontrar nesse link.

EN NAVAVERRADA...

...mostramos que la nieve es helada!

Acho que depois de ler essa frase você ficou com raiva e decidiu fechar o blog.

Mas fizemos isso por inspiração de São Tomé. Colocamos a mão pra ver se era frio mesmo.

Mas nem ia precisar de tanto.

O pé congelava mesmo com bota de couro e duas meias.

As duas calças, as três blusas, o gorro e o cachecol ajudaram até certo ponto, mas não foi suficiente. A luva de couro não permitiu fazer o boneco de neve como eu queria, pois não era suficientemente isolada.

Já tinham nos contado que o frio da neve poderia era algo que nunca tínhamos provado. E com razão.

Dias depois, conversando com gente que já viveu em nossa Porto Alegre e no Canadá, descobri que as roupas do frio que existem no Sul (que para mim, de São Paulo já é forte), não dão proteção na neve do Canadá.

Então, vou ter que voltar com luvas apropriadas pra conseguir fazer um ser com cachecol e nariz de cenoura, igual sempre tive vontade e via nos desenhos.

Lá procuramos uma estação de esqui para alugar roupas. A intenção não era esquiar. Era a de virar bola de neve. =)

Na verdade queríamos mesmo era andar pelo gelo e fazer os ditos bonecos. Mas a casa estava fechada e uma outra estação estava a uns quilometros consideráveis serra acima.

A mais de 1800 m de altura, resolvemos evitar a fadiga e curtir a neve local sem poder fazer guerra de bolas de gelo. Mas com certeza ainda acerto a careca do velho em uma outra oportunidade.

A teimosia de São Tomé não vai mais voltar. Pelo menos não nas neves.

Mais fotos do dia gelado podem ser encontradas nesse álbum.


TOLEDO

Um labirinto de ruas estreitas onde construções desde o século dois se mesclam com o estilo medieval. Viajei no tempo e ainda não voltei. Tudo bem, eu sempre viajo.

A cidade mescla cultura e arquitetura de cristãos, judeus e muçulmanos de uma forma que nem dá pra acreditar.

O título de patrimônio da humanidade,concedido pela UNESCO, soa vago perto de tudo o que o lugar representa. Só escrevo isso com a melhor intenção: a de sinalizar que eu só tive percepção do que realmente Toledo simboliza e acolhe depois de, por lá, subir e descer ladeiras, virar esquinas e caminhar pelas ruas.

Mesquista em um canto da cidade, catedral e igrejas em outro, arcos orientais, tudo tão diverso mas com uma harmonia que encanta. Em cada passo um monumento, em cada canto uma lenda. É mágico e fora da realidade. Pelo menos da minha.

Quero voltar lá!

Você pode encontrar mais fotos clicando aqui!